Você sabe quais seus hábitos mais comuns e como eles impactam a vida de seus filhos?
Vamos começar falando nossos hábitos destrutivos, algo comum em nossas relações humanas, principalmente tratando-se da dinâmica entre pais e filhos
Certamente você poderá se identificar com um ou outro hábito destrutivo, talvez com Todos eles.
                Mas não se aflija. Conhecê-los dará uma ampla consciência de como e quando executamos esses hábitos mortais.
Neste post explicamos cada um deles e como eles se “disfarçam”. 
Leia o texto em nosso site www.autocurantegral.com.br

Conhecê-los e ter consciência de sua presença em nosso dia a dia é o primeiro passo na missão de os reduzirmos ao máximo, ou quem sabe, eliminá-los de vez de nossos relacionamentos.

                É hora de fazermos um esforço adicional para rompermos nossos padrões e hábitos destrutivos, que sem dúvida acabarão por serem herdados pelos nossos filhos

                O pior é que a maioria deles só vai começar a aparecer realmente na vida de nossos filhos a partir da adolescência e na vida adulta, quando já é tarde para fazermos algo, e assim como nós e os nossos pais, eles terão que fazer a maior parte de seus ajustes sozinhos.

                Não tenho dúvidas que o fato de conseguirmos demolir hábitos destrutivos de nossas vidas, bem como inserir hábitos construtivos, será um dos pontos principais para que nossos filhos tenham a menor sombra possível.

Você ficaria surpreso com o tamanho que uma lista teria se considerássemos todos os hábitos que podem ser destrutivos em nosso processo de convivência com nossos filhos. Contudo, tentaremos reduzi-la ao máximo mantendo somente o que consideramos como os principais.

Fizemos essa seleção de hábitos baseado nos estudos de William iGlasser, que brilhantemente criou sua “Teoria da Escolha” (Choice Theory). Demos nossa contribuição e ampliamos a lista de acordo com nossas convicções e experiência. Preparado? Então lá vamos nós..

Reclamar dos Filhos

            Quando reclamamos de nossos filhos para outras pessoas, principalmente quando eles estão próximos a nós, estamos cometendo um erro gravíssimo na ilusão que tal desabafo fará com que algum comportamento seja alterado.

                O trabalho de criação é árduo e nos sentimos tentados a desabafar, esquecendo do que isso pode causar ao mundo psíquico de nossos filhos. Não se trata apenas de abalar a autoestima, mas da criança ou adolescente não achar-se merecedor do amor dos pais.

                Reclamar dos filhos é como se uma quebra de intimidade fosse gerada, além de uma perda de sintonia afetiva. Como conseguiremos inserir crenças fortalecedoras de autoaceitação se demonstramos ao mundo que não os aceitamos como são?

                Aproveitando a oportunidade, perceba que a palavra “reclamar” é a junção de “Re+Clamar”, ou seja, clamar (pedir) novamente por aquilo que não desejamos.

Comparar

                Você já tentou fazer seu filho mudar de ideia ou de comportamento citando a forma de agir de outra criança?Por exemplo: “Fulano come isso, não sei por que você não come”, ou “O filho de Fulana, diferente de você, é tão dedicado e estudioso”.

                Soa como uma flecha no peito ouvirmos esse tipo de comparação. Imagine agora um filho ouvir isso dos pais.

                Na verdade, sugiro que evite a comparação tanto para elogiar, que poderá gerar uma crença de superioridade perante os demais, como para depreciar, que fará o inverso, isto é, alimentará o complexo de inferioridade.

Evite usar as comparações diretas para não inflar os complexos de superioridade e inferioridade.

Você pode fazer uso positivo de comparações “indiretas” sem culpa como já vimos na etapa que tratamos da linguagem hipnótica, podendo citar outras crianças ou adolescentes, sem falar diretamente ao seu filho e sem mencionar seu filho na evidenciação.

Uma afirmação indireta seria dessa forma: “Fulana, seu filho deve dar-lhe muito orgulho por respeitar os mais velhos”.

Perceba que a frase não foi dita para o próprio filho e não houve a “comparação”. Muito provavelmente um pensamento embrionário será inserido em seu filho para que tente adequar seu comportamento.

Criticar

            Nossa, como criticamos nossos filhos. A maior parte das vezes nós nem percebemos, mas não perdemos a chance de criticá-los.Diria que este seja um dos hábitos destrutivos mais repetidos.

                “Filho, você é muito desajeitado. Quebra tudo!”, “Você é muito bagunceiro e desorganizado”, “Você não estuda direito”, e muitas outras frases poderiam ser citadas.

                Precisamos deixar claro que as ordens de comando não são críticas. Assim, ao invés de dizer que seu filho não estuda direito, deve utilizar uma estratégia consistente com inserção de crenças focadas na necessidade do estudo e comandos direcionados como já vimos anteriormente.

                “NOMEDOFILHO, você sabe que É PRECISO ESTUDAR”.

                Perceba que não é necessário criticar o que seu filho faz ou não faz.

Brigar na frente dos filhos

            Brigas entre casais na frente de seus filhos parecem uma crise pandêmica nos dias de hoje.

                A falta de sintonia entre os pais acaba gerando muitas situações desagradáveis aos seus filhos, que acabam os tornando expectadores de um show de ofensas e julgamentos trocados entre as pessoas mais importantes de suas vidas.

                Como dizer ao seu filho que o correto é a paciência e o diálogo, se os exemplos que ele vive em casa são exatamente o contrário?

                Mahatma Gandhi já dizia que “a palavra convence, mas o exemplo arrasta”.

                Assim meus caros, ajustem-se e dialoguem longe do alcance dos filhos. Ou melhor, se conseguirem fazer uso do diálogo franco, afetivo e sincero entre vocês, será até bom que seus filhos presenciem.

                Mas caso contrário, se estiverem vivendo uma fase onde não estão conseguindo atingir um padrão de comunicação maduro e tranquilo, façam isso longe do alcance de seus filhos.

                Não que isso seja uma vacina completa para eles, lembre-se que como Jung detectou, existe uma participação mística e intrigante entre os inconscientes de pais e filhos. A insatisfação e a infelicidade dos pais sempre acabam impactando no universo psíquico dos pequenos.

Mas certamente, evitar as discussões e brigas ao redor de seus filhos, amenizará muito a intensidade emocional vinculada aos complexos materno e paterno. Lembre-se que os pais são o primeiro e o maior exemplo do que uma relação afetiva é de fato.

                As brigas constantes em frente ao seu filho poderão levá-lo a uma desilusão sobre relações amorosas e até um conceito equivocado agressivo de como lidar com situações futuras que não sejam do seu agrado.

Controlar as escolhas

            Achamos que tudo o que é bom para nós será bom para eles.

                Nessa crítica destrutiva não estamos falando dos valores familiares que devem obviamente ser prioridade na rota de formação, mas estamos falando de nossa necessidade de “poder” e querermos controlar tudo que esteja relacionado com nossos filhos.

                Isso não se limita apenas na roupa que devem vestir, ou no tipo de comida e quantidades que preferem comer, ou no tipo de viagem que preferem.

                Vai muito além. Não é raro vermos pais que querem controlar praticamente todas as escolhas de seus filhos, induzindo inclusive na escolha de profissões.

                Aulas de tênis, futebol, inglês, xadrez, caratê, música, natação, e por aí vai. Muitos estão depositando em seus filhos toda sua vida não vivida. Pergunte ao seu filho o que ele quer, o que ele pensa e o que deseja.

                Se o que seu filho prefere ou deseja não afronta o sistema de valores da família, suas escolhas devem ser respeitadas.

                Esse hábito “engessa” nossos filhos e acaba por enfraquecer uma importante ferramenta do ser, a criatividade.

                A criatividade deve ser sempre encorajada para formarmos seres capazes de serem flexíveis e encontrarem soluções diante dos obstáculos de suas vidas.Dar a opção de escolha ao seu filho dará a ele a sensação de autonomia e plantará sementes potentes de autoconfiança e autoestima.

                Aqui cabe uma das frases que mais gosto de Jung: “Onde há o Amor não há necessidade de Poder, e onde há necessidade de Poder, certamente não há Amor. Um é a sombra do outro.

                Se você sente a necessidade de controlar tudo que está relacionado às experiências de seu filho, muito provavelmente seu balão do Poder (veja a etapa que falamos sobre os Complexos) está inflado e demanda sua humildade e coragem para analisá-lo.

                Portanto, lembre-se que certa liberdade é necessária no processo de formação.  Podar radicalmente todas as expressões de escolha dos pequenos trará grandes desafios de conduta e amadurecimento no futuro.

Culpar

            Ah, como gostamos de culpar os outros.Isso está totalmente ligado à nossa incapacidade de assumirmos responsabilidades pelo o que ocorre à nossa volta.

                E nossos filhos não estão imunes aos nossos canhões destrutivos que alvejam culpados.

                Quando percebemos que algo diferente do que esperávamos ocorreu, muito frequentemente buscamos os culpados. E geralmente não percebemos que nós mesmos somos os culpados.

                Já falamos sobre isso anteriormente, mas vale aqui a repetição. Culpamos nossos filhos por não estarmos vivendo “nossas vidas” e nossos sonhos. Culpamos direta e indiretamente nossos filhos pelo que não temos, as viagens que não fazemos e as histórias que não construímos.

                Covardia nossa! Para não dizer outra coisa. Os filhos são resultados de nossas ações antes de ocorrer o contrário.

                Vamos evitar culpar nossos filhos ou mostrar-lhes que o que ocorre em nossas vidas é responsabilidade dos outros e não nossa. Temos que ensiná-los que nós é que construímos nosso destino fazendo nossas próprias escolhas.

                Se for para culpar seu filho, culpe-o por ter lhe tornado uma pessoa melhor, por ter lhe ensinado a ter mais paciência, a ter lhe dado um propósito de vida, por ter lhe amadurecido e ter lhe ensinado o que é o amor incondicional.

Pegar no Pé (incomodar)

                Não deixa de ser mais uma faceta da nossa necessidade de poder e de controlar tudo.

                Ficamos repetindo comandos e atordoando nossos filhos com tantas ordens, críticas, comandos, etc.

                Tem momentos que sufocamos os pequenos com tanta energia que depositamos no processo de criação.

Não faz muito tempo me peguei fazendo isso com minha filha mais velha. Em 2 minutos acho que direcionei umas 10 ordens seguidas.

“Arrume seu material para amanhã. Escove os dentes. Arrume sua cama. Guarde sua roupa. Endireita essa postura. Quando acabar de comer põe o prato na pia. Já sabe as datas das provas dessa semana?”

Até eu fiquei atordoado, imagine ela.Perceba que tudo que disse a ela não deixa de ser necessário acompanhamento e direcionamento. Mas eu soltei tudo em uma sequencia sem dar espaço para que ela respirasse.

É esse “pegar no pé” que precisamos evitar ao máximo. Isso desorganiza a rotina mental de nossos filhos ao invés de organizar.

Imaginemos o contrário onde nós sejamos o alvo. Se tudo que estamos fazendo tiver um olhar crítico seguido de uma voz ininterrupta de comando ficaremos muito descontentes e confusos.

Esse tipo de hábito tolhe os aspectos de racionalização e escolha de nossos filhos e, portanto, temos que evitar.

Ameaçar

                Preciso deixar claro que não devemos confundir com o aspecto motivacional do “medo”.As ameaças de que tratamos aqui são principalmente as que podem inflar os balões dos complexos de que já falamos muitas etapas atrás.

                Quero citar duas facetas da ameaça que devem ser abolidas fazendo uso do máximo de nossas forças: ameaça da violência e a ameaça do abandono.

                Exatamente. Não vou incluir aqui as ferramentas de negociação que podem e devem ser utilizadas muitas vezes no processo de criação de nossos filhos.

                Se eu não os (filhos) tivesse também, poderia enfeitar e florear as teorias que primam pela estratégia de dar tudo que nossos filhos querem e entender tudo como natural.

                Acredito que além de muito amor, nossos filhos precisam de limites, firmeza e certa dose de frustração para que não se tornem tiranos do futuro.

                Assim, “ameaçar” confiscar os brinquedos se seu filho não os guardar após ter brincado com eles, mesmo após as orientações definidas, é perfeitamente normal e até aconselhável.

                Isso não tem nada de parecido com uma ameaça de violência ou de abandono que estamos citando aqui.

                “Se você não me obedecer vou lhe dar uma surra!”, ou “Se você não fizer o que estou mandando vou mandá-lo para um internato”, ou ainda “Se não for bonzinho vou ligar para o bicho-papão vir pegá-lo”, são exemplos condenáveis que atestam a inclusão do ato de ameaçar como destrutivo.

                Não precisamos ser peritos para vermos que estamos falando de violência e abandono. Uma estratégia que criará um panorama de medo muito grande no mundo interior de nossos filhos.

                Assim, não seguirão nossos comandos por respeito, mas por medo. Um medo que vai contra o amor que nossos filhos precisam sentir de nossa parte.

                Muito provavelmente entenderão que só serão amados se fizerem o que mandamos, e que para nós é muito fácil abandoná-los ou violentá-los pelo não cumprimento de nossas regras.

                E não é raro vermos crianças extremamente obedientes a pais que fazem uso dessas ameaças. Ledo engano que estejam fazendo o melhor para seus filhos, pelo contrário.

                Estão tendo uma atitude egoísta que terá sua conta amarga no futuro, infelizmente com danos psíquicos complicados para todos.

Punir equivocadamente

                Seguindo pela mesma linha do hábito destrutivo anterior onde falamos das ameaças, partimos para as punições equivocadas.

                Nossas rotinas diárias, muitas vezes cheias de intensidade agressiva e frustração, podem nos levar a atos punitivos equivocados e exagerados.

                Não vamos falar aqui das punições educadoras através da imposição de limites para ajustes de comportamentos, mas sim das punições exageradas e sem parâmetros coerentes.

                Temos que evitar que nossas frustrações deságuem em nossos filhos, isto é, que descontemos nossa fúria não resolvida em nossos pequenos.

                Sei que quando lemos em um livro isso parece um absurdo e não admitimos que somos capazes de exageros, mas basta ocorrerem situações específicas para que sejamos duros e até violentos com nossos filhos.

                Punir em exagero ou de forma desproporcional não deixa de ser também um ato de covardia e transferência de insatisfação de nosso Ego.

                Quando me recordo de há anos atrás ter punido minha filha mais velha por ter derrubado seu copo de suco no tapete da sala, confesso que me sinto envergonhado.

                Tenho plena consciência de que foi um acidente mesmo tendo pedido para ela não ter sua refeição em cima do tapete. Estamos falando de uma criança que não tem as dimensões de risco ainda definidas.

                Assumi o risco e assim devo assumir as responsabilidades.O intuito é removermos de nós o hábito de punirmos equivocadamente nossos filhos assumindo a responsabilidade de mantermos nosso equilíbrio, evitando a criação de traumas, confusão afetiva e bloqueios que tendem atrapalhar nossa missão de formadores.

Subornar ou recompensar
para controlar

                Assim como a ameaça que citamos, o suborno ou recompensa manipuladora precisa ser mais bem explicado.

                É perfeitamente normal ofertarmos recompensas para metas alcançadas pelos pequenos, é um dos alicerces de nossos hábitos e uma das esferas da motivação.

                Mas não devemos confundir isso com uma estratégia frequente que acabará por transformar nossos filhos em mercenários do comportamento.

                Temos que separar as estratégias de motivação para enquadramento dos comportamentos de forma alinhada com nossos valores, da tentativa de suprirmos a falta de afeto que oferecemos através de presentes e recompensas.

                Esse tipo de hábito é muito comum em pais divorciados que acabam tentando comprar a preferência dos filhos através de um “suborno” material, ou também em pais muito dedicados às suas profissões com muito pouco tempo disponível aos seus filhos.

                É um equívoco grande achar que educação e afeto se conquistam com suborno. Se existe alguma recompensa que pode ser ofertada é o amor e o carinho tão necessários para a imposição de limites, visando um futuro equilibrado e consistente aos pequenos.

Consumismo

            Não pude deixar de mencionar esse terrível hábito que vem tomando conta das vidas de todos nós e está sendo fixado cada vez mais cedo nos padrões comportamentais de nossos filhos.

                Nunca antes na história houve registro de tamanha necessidade de ter para aparecer. Um círculo vicioso e aparentemente sem fim parece estar se instalando em quase todos os povos da atualidade.

                Se não tomarmos cuidado nossa era será lembrada como a do consumo desenfreado.

                Nossos olhos são bombardeados por campanhas publicitárias que prometem emoções nobres como a felicidade e a autorrealização se tivermos o que está sendo oferecido.

                E nossos filhos estão sendo contaminados em velocidade recorde, sem que tenhamos tempo hábil para tentar reverter essa triste tendência onde o “ter” está sendo mais valorizado que o “ser”.

                Assim, cabe a nós protegermos nossos filhos desse padrão de que é preciso ter mais, cada vez mais, para que sejam felizes e aceitos pelo meio. Muitos de nós, nesse momento, estamos presos em um círculo social onde todo nosso tempo é dirigido para atendermos os desejos de posse e status.

                Uma rotina escravizante que nunca satisfaz de fato. A cada conquista, uma nova logo se instaura em nossas mentes como a “próxima” que tomará nosso tempo e nossa saúde em um jogo de ilusão.

                É a grande armadilha do Ego primitivo, ainda infantil e desestruturado. Portanto, é hora de rever se não estamos também nesse mesmo padrão habitual de focarmos nossas vidas e valores no que é absolutamente perecível e efêmero.

                Nada de errado em querer ter conforto e bem estar. Muito pelo contrário, a ambição de crescimento é algo sadio que nos impulsiona para a evolução.

A questão aqui é saber o que é de fato essencial e primordial, diferenciando com clareza do que faz parte do grande “buraco negro” que estamos vivendo nos dias de hoje.

É o momento de refletirmos se não estamos transmitindo e/ou permitindo que nossos filhos sejam “atropelados” por esse hábito consumista.

Lixo Mental

Aproveitando a “deixa” do hábito anterior, precisamos falar agora do tipo de conteúdo que você tem permitido em seu lar e em sua vida como um todo.

Durante algum tempo pude realizar um trabalho voluntário em um lar de idosos em uma cidade muito querida por todos nós aqui em casa.

Não era raro vermos a tristeza e comportamentos depressivos em boa parte deles.

Em nosso trabalho pudemos detectar que muitos desses idosos passavam boa parte de seu tempo assistindo programas de televisão com conteúdos muito ruins.

Notícias de roubo, acidentes, morte, problemas e crise econômica, são apenas exemplos do tipo de informações que estavam assimilando.

Não seria surpresa que pessoas que permitem esse tipo de conteúdo em suas vidas estejam mais propensas a desenvolverem problemas psíquicos relacionados ao medo e à depressão.

Parece que nós temos uma tendência a preferirmos a desgraça aos conteúdos de beleza e encorajamento. Mas isso é perfeitamente explicado quando falamos das “muletas psicológicas” que costumamos utilizar em nossas vidas para encontrarmos algum consolo ou motivo para agirmos da forma que agimos.

Certa vez fui visitar um amigo e me deparei exatamente com esse cenário. A família toda, incluindo os filhos, estava vendo um desses programas de notícias sensacionalistas e de violência. Um verdadeiro crime para o mundo psíquico daquelas crianças, e dos pais também.

Muitas vezes por conta de nossas próprias frustrações e infelicidade, buscamos de forma consciente ver coisas ruins que também acontecem aos demais. Como se isso fosse um consolo possível de amenizar nossos conflitos e insatisfações internas.

E o que isso fará com nossos filhos? Pois bem, não será surpresa se apresentarem padrões depressivos, desânimo, transtornos psicológicos, sistema imunológico enfraquecido, síndrome do pânico, entre outras neuroses.

Esse tipo de “lixo mental” precisa ser extinto de nossas vidas se queremos preservar a vida psíquica e física de nossos filhos, e também a nossa. Eu disse física porque como você já sabe nosso inconsciente não sabe o que é real ou não.

E como ocorre em um verdadeiro filme de terror, nossos corpos são bombardeados por hormônios como cortisol e adrenalina, que se fizerem parte rotineira de nossas vidas causarão danos fisiológicos muito sérios.

Queremos ir um pouco além e inserir nesse mesmo “latão” todo tipo de conteúdo que possa de alguma forma ir contra os ideais de bem estar e de educação, citando, por exemplo, músicas com letras ofensivas, filmes e vídeos que banalizam o respeito, entre tantas outras vias que possam alcançar nossos canais perceptivos.

Como conseguiremos motivar nossos filhos a progredirem e a serem felizes se a todo momento temos um comportamento contrário, permitindo que nossos lares sejam infectados por uma quantidade absurda de conteúdos desencorajadores?

Pessimismo

            “Óh céus, óh dor, óh azar…”

                Tenho certeza que você conhece alguém assim. Talvez a gente mesmo esteja agindo assim boa parte de nossas vidas sem perceber.

                Se você costuma ver sempre o lado negativo da vida, crendo que o copo está sempre “meio vazio” ao invés de “meio cheio”, é tempo de repensar se você não está transferindo isso para seu filho.

                Atitudes pessimistas são hábitos terríveis que podem destruir qualquer sonho e desejo de felicidade.

                Como já vimos na etapa relacionada às crenças, muitos bloqueios importantes que impedirão que nossos filhos tenham conquistas no futuro, estão ligados às crenças limitantes de não merecimento ou de que tudo dá errado em suas vidas.

                Desta forma, chegou o tempo limite para que você tome a decisão de mergulhar em sua própria sombra e ressignificar o que trouxe a você essas atitudes e padrões de comportamentos pessimistas.

Texto extraído e adaptado do livro “Formando Seres Integrais” de Renato Lessa Pereira

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Podia imaginar que esses hábitos infelizmente tão comuns à nós pais pudessem ter um impacto tão grande na vida de nossos filhos? Pois é….mas agora que já sabe mãos á obra colocar em prática todas as dicas e exercícios que demos nos post anteriores.

Até a próxima!

Chris

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